Nos últimos dois anos, o termo “vacina” foi muito falado, ouvido e pesquisado. Isso devido à pandemia da Covid-19, que gerou a necessidade urgente do desenvolvimento de uma vacina realmente eficaz, capaz de amenizar os efeitos danosos da doença que assolou o mundo e tirou tantas vidas.
Por conta da erradicação de diversas doenças, a vacinação foi uma das invenções que fizeram a expectativa de vida humana aumentar. Uma das vacinas que mudaram o rumo da saúde mundial, mas ainda pouco comentada e conhecida pela sociedade, é a DPT.
A sigla DPT indica Difteria, Tétano e Coqueluche (Tríplice Bacteriana). É uma vacina individual, mas que combate esses três tipos de enfermidades gravíssimas. Sua composição também pode ser encontrada em vacinas conjugadas, como no caso da Hexavalente, Pentavalente e Tetraxim.
Você pode ter percebido na nomenclatura a menção “acelular”. O termo acelular refere-se a forma com que a vacina é produzida, sem células inteiras, o que diminui muito a ocorrência de reações adversas.
Quais doenças são combatidas com a DPT?
A vacina Tríplice Bacteriana, como já mencionado, tem a função de combater três doenças infecciosas causadas por bactérias: difteria, tétano e coqueluche. A seguir, será apresentado a definição de cada uma delas.
Difteria: trata-se de uma doença infecciosa, aguda e altamente transmissível. É causada pela Corynebacterium diphtheriae e atinge principalmente crianças, geralmente na faixa etária de 10 anos. Os principais sintomas da doença são a reação inflamatória local, atingindo principalmente as vias respiratórias superiores. A exotoxina da doença acaba afetando o coração e os nervos periféricos.
Tétano: é uma doença infecciosa, contudo, não é contagiosa. O causador está na exotoxina da Clostridium tetani. Atinge diretamente o sistema nervoso central, ocasionando espasmos tônicos e intermitentes da musculatura, que se intensificam.
Fatores externos podem piorar a situação, como a luz, diferença de temperatura, som, manuseio do paciente, secreções, micção e deglutição. Esses espasmos são graduais, podendo levar o enfermo ao óbito se não houver tratamento urgente e adequado.
Algumas condições podem ocasionar o contágio pela doença, como, por exemplo, quando ocorre exposição ao solo cultivado com adubo de origem animal, água imprópria - suja, pregos e latas enferrujados ou sujas, espinhos vegetais e exposição a fezes humanas e de animais.
Coqueluche: essa doença é causada pela pela Bordetella pertussis, altamente contagiosa. Sua transmissão ocorre pelas vias respiratórias, através do contato e inalação de microorganismos eliminados em gotículas aéreas de uma pessoa com os sintomas da doença.
Os sintomas iniciais são tosse, coriza, febre de baixa a mediana e lacrimejamento dos olhos. Sintomas mais graves são crises paroxísticas com guinchos característicos, seguidos por vômitos. Os casos mais graves podem evoluir com insuficiência respiratória. Os casos leves têm duração de 6 a 10 dias, mas podem ocorrer complicações, e às vezes ocorre uma tosse prolongada que pode durar meses.
Por que tomar a vacina DPT?
Sabendo das características destas doenças, risco de contágio e desenvolvimento mais grave do problema, levando ao óbito, fica mais que evidente a necessidade de manter o esquema vacinal em dia.
A DPT é indicada para todas as crianças, a partir dos dois meses de idade, e deve ser repetida a cada 10 anos. Adultos também devem receber essa vacina a cada 10 anos. Mesmo aquelas que já tiveram tétano, difteria, e/ou coqueluche devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção vitalícia frente a novas infecções.
É indicado também para gestantes que já realizaram a imunização prévia para o tétano e difteria, utilizando a dose única da dTpa após a 20ª semana de gravidez. Para as gestantes com história prévia vacinal desconhecida ou vacinação incompleta, pode-se utilizar a dT em duas aplicações, com intervalo de 30 dias, e completar a terceira dose com a dTpa após a 20ª semana de gestação.
Resumo do que é feita DPT acelular
Trata-se de uma vacina inativada, ou seja, não há a menor possibilidade de causar a doença. A vacina engloba os toxóides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio, e água para injeção.
É preciso seguir cuidados antes, durante e após a vacinação?
Não é necessário ter cuidados especiais antes de tomar a vacina. Porém, se houver sintomas de algumas das doenças, é necessário que a vacinação seja adiada até que o paciente esteja melhor.
Em relação ao manejo da vacina, se a pessoa que vai receber a vacinação tiver problemas que faça com que ocorra o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
Após aplicação, compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Para reações mais intensas, pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica – mas praticamente não é necessário.
Em casos de reações graves e inesperadas após aplicação da vacina, o serviço onde ocorreu a vacinação deve ser notificado com urgência. Se esses sintomas persistirem, devem ser investigados por meio de exames e observação, com o objetivo de fazer uma verificação das causas que levaram à situação.
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