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O que é meningite: causas, sintomas, tratamentos e vacina

Atendimento / Especial / 13 de Jul de 2021

Meningite consiste na inflamação das meninges, isto é, membranas que envolvem o cérebro (sistema nervoso central) e a medula espinhal, podendo ocorrer devido a uma série de agentes, tais como bactérias, vírus e fungos.

Trata-se de um processo inflamatório de caráter endêmico, isto é, que pode acometer pessoas ao longo de todo o ano, sendo que, no inverno, é mais comum a ocorrência de meningites bacterianas.

E para que você conheça um pouco mais sobre esta doença, separamos algumas informações que didaticamente explicarão o que é meningite, quais suas causas, sintomas, tratamento e prevenção. Acompanhe a leitura!

Quais os tipos de meningite?

Meningite bacteriana

É conhecida por ser a forma mais grave da doença, quando comparada com as meningites viral ou fúngica, e pode ser causada mais comumente pelas bactérias Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis.

Contudo, com a produção de vacinas contra a Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae em vários países, houve uma queda considerável de casos de meningite causados por estas bactérias, especialmente entre as crianças. Desse modo, a bactéria Neisseria meningitidis, conhecida por “meningococo”, é a principal responsável pela meningite bacteriana em crianças e adultos.

No entanto, em adultos que não foram vacinados a incidência de meningite por Streptococcus pneumoniae ainda é alta.

Observação: outras doenças de origem bacteriana, como a sífilis e a tuberculose também podem acometer as meninges.

Meningite viral

Como visto, a meningite também acontece pelo contato do organismo com vírus, comumente os da família dos Enterovírus, como o Echovírus e o Coxsackievírus A e B.

Menos grave que a bacteriana, a meningite viral possui uma taxa de mortalidade mais baixa e com evolução favorável, isto é, ocorre uma resolução espontânea, sem a necessidade de tratamento específico — na maioria dos casos.

Alguns vírus podem causar infecções virais mais graves, como por exemplo:

  • HIV;
  • Herpes;
  • Caxumba;
  • Varicela zoster (vírus da catapora e do herpes zoster);
  • Epstein-Barr virus (vírus da mononucleose); e
  • Citomegalovírus.

Meningite fúngica

Trata-se da forma mais rara da doença e, normalmente, é vista como o resultado da propagação de um fungo por meio do sangue e que chega até as meninges. A meningite fúngica acomete mais comumente pacientes imunodeprimidos, como portadores de câncer ou HIV.

Esta forma da doença não possui caráter contagioso e sua principal causa é o contato dos fungos Cryptococcus e Coccidioides com o corpo humano.

Como se transmite a meningite?

De maneira geral, a transmissão da meningite acontece de pessoa para pessoa, pelas vias respiratórias, por meio de gotículas de saliva e secreções contaminadas. A transmissão fecal-oral — consumo de água e alimentos contaminados e contato com fezes — é bastante significativa para casos de meningite viral. Entenda um pouco mais sobre as formas de transmissão nas meningites bacteriana e viral:

Meningite bacteriana

Os casos mais frequentes de meningite bacteriana se dão via contato com secreções respiratórias de pessoas já infectadas. Porém, a meningite não é transmitida tão facilmente como a gripe, por exemplo, sendo que, para ela acontecer, um contato prolongado é necessário. Ou seja, familiares, colegas de escola e trabalho, por exemplo, são as pessoas que apresentam maior risco de contágio.

Outro ponto importante é que a maioria das pessoas que se contaminam com o meningococo (uma das bactérias que causam a doença), não desenvolvem a meningite. Isso porque a bactéria em questão se instala na orofaringe e, após um tempo, é expelida por meio do sistema imunológico. Contudo, ainda podem transmitir a bactéria para outras pessoas.

Algumas infecções das vias aéreas, como sinusites e otites, podem evoluir com disseminação, atingindo as meninges e causando meningite.

Meningite viral

Os enterovírus causadores da meningite viral são transmitidos por meio do contato direto com a saliva, mucosa nasal ou fezes. Se espalham com certa facilidade através da tosse, espirros ou mãos contaminadas.

Contudo, é apenas um seleto grupo, uma minoria contaminada pelo enterovírus, que desenvolve a meningite, como crianças pequenas, idosos e pacientes imunodeprimidos.

Quais os sintomas da meningite?

Os sinais que confirmam um quadro de meningite podem variar de pessoa para pessoa e de acordo com a faixa etária. As crianças com mais de dois anos de idade, por exemplo, desenvolvem dores de cabeça, vômitos, febre, rigidez da nuca, podendo ou não apresentar manchas na pele. 

Já em crianças menores, os sintomas são ainda mais inespecíficos, como sonolência ou irritabilidade intensa, choro inconsolável, recusa em mamar, febre alta e moleira alta.

Além destes sintomas, também estão na lista de sintomas de meningite confusão mental, gangrena nos pés, pernas, braços e mãos, surdez, crises convulsivas e paralisia — estes dois últimos sinais se manifestam em quadros de meningoencefalite, isto é, quando a infecção ultrapassa as meninges e alcançam o cérebro.

Como tratar a infecção?

A meningite bacteriana é tida como uma emergência médica, sendo que o tratamento, que se faz por meio de antibióticos intravenosos, deve ser iniciado o mais rápido possível, de preferência logo após a punção lombar (exame que detecta a doença). Se existe uma suspeita de meningite, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para a ala de emergência.

Em casos de meningite viral, os antibióticos não são necessários e, como já visto anteriormente, o paciente não precisa ser internado devido à evolução natural favorável da doença no organismo. O tratamento ocorre apenas com sintomáticos e é visto com maior atenção em recém nascidos.

Importante: a distinção entre meningite bacteriana e viral não pode ser realizada apenas baseando-se no quadro clínico do paciente. O diagnóstico, realizado de maneira indispensável e urgente, deve ser feito por meio da punção lombar — procedimento que recolhe de uma amostra de líquido cefalorraquidiano para identificar possíveis infecções.

Como prevenir a meningite?

A forma de prevenção contra a meningite mais eficaz é a vacinação. O Calendário Nacional de Vacinação, proposto pelo Ministério da Saúde, oferece vacina contra meningococo do tipo C, Haemophilus Influenzae do tipo B, Pneumococo e Tuberculose.

Em relação ao Meningococo, que é a principal bactéria causadora de Meningite, as Sociedades Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações orientam as vacinas contra os sorogrupos A,C,W,Y e B.

Existem vacinas contra esses 5 tipos de Meningite Meningocócica. Há uma vacina que contempla na mesma aplicação os sorotipos A, C, W e Y. A vacina contra o sorotipo B é aplicada separadamente.

As duas vacinas, contra meningite ACWY e contra Meningite B, devem ser aplicadas a partir dos 2 meses de idade. São feitas 2 doses no primeiro ano de vida e uma dose de reforço após 1 ano de idade. Se a criança não recebeu essas vacinas no primeiro ano de idade deve fazer 2 aplicações de cada uma delas.

Para a meningite ACWY devem também ser aplicados reforços aos 6 e 11 anos. A vacina contra Meningite ACWY é também indicada para todos os adolescentes, adultos e idosos. A vacina contra a meningite B é também indicada para todos os adolescentes e adultos até 50 anos de idade.

Somado à vacina, existe uma possibilidade de prevenção por meio do uso de antibióticos para contactantes de casos de meningite por meningococo e por Haemophilus influenzae. Entretanto, esta opção deve ser administrada pelas autoridades de saúde.

Para as meningites virais ainda não existem formas eficazes de prevenção a não ser praticar uma higiene pessoal com hábitos sanitários de saúde.

Mantenha o calendário vacinal de toda a família sempre em dia, para proteger a todos dessa grave doença.

Fonte(s): Fio Cruz, MD Saúde e Saúde Abril.

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