Dia 9 de junho é comemorado o Dia Nacional da Imunização, e remete à importante questão da necessidade dos imunizantes nos dias atuais. Com essa matéria da Imune Vida sobre a história das vacinas, você pode conhecer mais sobre o salto evolutivo que nossa sociedade deu ao criar as vacinas.
Quem criou a primeira vacina?
Segundo o Instituto Butantan, a primeira vacina foi idealizada pelo médico Edward Jenner, no século XVIII, quando a varíola era a maior ameaça à humanidade. Atualmente, há diversos outros imunizantes para doenças como poliomielite, sarampo, caxumba, gripe, hepatite A e B, além de outras. Graças aos imunizantes, as vacinas são consideradas uma das maiores invenções da ciência moderna, além de melhorarem a qualidade de vida da população.
Como foi criada a primeira vacina?
A história das vacinas começa em 1796 com Edward Jenner, quando os imunizantes começaram a ser analisados e produzidos com características semelhantes às atuais. Nessa época, o pesquisador percebeu que moradores de áreas rurais que já haviam contraído o cowpox (varíola bovina) — doença parecida com a varíola — não ficavam doentes com a varíola humana. Assim, Jenner fez um experimento e aplicou em um menino chamado James Phipps, de 8 anos, uma pequena dose de varíola bovina. A criança apresentou uma forma mais branda da doença. E ao aplicar o vírus da varíola humana no garoto, o menino não adoeceu.
Como é o desenvolvimento das vacinas?
O desenvolvimento das vacinas envolve um conjunto de etapas, algumas ainda possuem adjuvantes que são importantes para melhorar a resposta imune do organismo, sendo os imunizantes, conservantes e estabilizantes. Posteriormente, a vacina deve percorrer um conjunto de fases para então ser liberada para toda a população.
Etapa pré-clínica
Nesta etapa, a vacina é desenvolvida e testada apenas em animais. Posteriormente, é avaliada a resposta imune dos mesmos, o que valida a eficiência da vacina.
Fase 1
Nesta fase, são avaliadas a quantidade de doses necessárias, a segurança e a imunogenicidade (capacidade de provocar resposta imune) da vacina. Essa avaliação ocorre em um grupo pequeno de voluntários adultos e saudáveis.
Fase 2
Geralmente, inclui em média 100 participantes, avaliando a segurança e a resposta imune com o aperfeiçoamento dos imunizantes, conservantes e estabilizantes.
Fase 3
Na história das vacinas, a fase mais importante do desenvolvimento de um imunizante é esta. Já que a segurança e os efeitos adversos são testados, relatados e monitorados. Assim, a vacina é testada em milhares de participantes e comparada a um grupo que não recebeu sua dose, mas um placebo ao invés do imunizante. Neste momento, é determinado se a vacina é eficaz para combater a doença em questão.
Vacinas durante a pandemia
Grandes empresas produziram vacinas contra o coronavírus, como a Pfizer, BioNtech, Moderna, e AstraZeneca.
Apesar dos impactos da pandemia de coronavírus serem catastróficos, ficou claro para as indústrias produtoras de imunizantes que há um novo caminho a ser percorrido para a criação de uma vacina emergencial, algo nunca visto na história da humanidade.
Assim, as gigantes do setor foram capazes de acelerar o desenvolvimento das vacinas passando por todas as fases do seu desenvolvimento, mas facilitando a criação de um imunizante que fosse eficaz e seguro, e que, ao mesmo tempo, não demandasse um período grande de tempo para o seu desenvolvimento.
Vacinas brasileiras
A primeira pessoa que contribuiu para a história das vacinas no Brasil foi o Marquês de Barbacena, já que era a única pessoa que utilizava a metodologia similar a de Edward Jenner. Trazida de Portugal, a primeira vacina foi aplicada na Bahia, onde ficou amplamente conhecida.
O Complexo Tecnológico de Vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Fiocruz) garante a autossuficiência em vacinas essenciais para o calendário básico de imunização do Ministério da Saúde. Atualmente, são produzidas nesse complexo as vacinas para:
- DTP e Haemophilus influenzae tipo B (Hib);
- Febre amarela;
- Haemophilus influenzae tipo B (Hib);
- Meningite A e C;
- Pneumocócica 10-valente;
- Poliomielite oral (VOP);
- Poliomielite inativada (VIP);
- Rotavírus humano;
- Tríplice viral;
- Tetravalente viral.
Além do mais, o Instituto Butantan tem um plano de desenvolvimento de vacinas que irá marcar a história do país quanto aos imunizantes. As vacinas em desenvolvimento e estudo são:
- Vacina da dengue 1, 2, 3, 4 (atenuada);
- Influenza H7N9;
- Influenza tetravalente (fragmentada e inativada);
- Vacina Pertussis Low;
- Adjuvante imunológico – monofosforil-lipídio A (BpMPLA).
Dados da imunização no Brasil
Focamos tanto na COVID-19 que esquecemos da importância da aplicação de outros imunizantes necessários para manter a proteção contra outros agentes. Assim, o Instituto Butantan apresentou dados alarmantes sobre a imunização de crianças, adultos e adolescentes no país perante outras doenças.
Doenças erradicadas graças às vacinas, como o sarampo e poliomielite, correm o risco de voltar por conta da falta de vacinação. A cobertura vacinal no Brasil tem apresentado taxa de queda nos últimos anos, especialmente quando se tratam das crianças, as que mais necessitam de imunizantes. Para o país erradicar as doenças em sua totalidade, as taxas de vacinação devem ser altas e ficar nos 90%.
Contudo, em 2016 chegaram a 50,4% e, no último ano, ficaram em apenas 60,75% segundo as informações do DataSUS do Ministério da Saúde. “A curto prazo, no caso de uma pandemia como a que vivemos, a redução da vacinação torna impossível controlar a disseminação de outros vírus e, portanto, eliminar e diminuir o índice de pessoas doentes'' comenta Soraia Attie Calil Jorge, diretora do Laboratório de Tecnologia do Instituto Butantan.
Imune Vida: a clínica de vacinas referência em Campinas
Os dados do Instituto Butantan reforçam a necessidade de mantermos a vacinação da população em praticamente todos os segmentos. Assim, seja nos postos de saúde ou em clínicas de vacinas particulares como a Imune Vida, é necessário manter o ritmo da vacinação e aumentar as taxas, especialmente nos pequenos, quanto à aplicação de imunizantes.
A história das vacinas tem um fato em comum, as vacinas salvam vidas, melhoram a qualidade de vida da população, além de erradicar doenças graves, como a poliomielite, varíola e sarampo. É graças a elas que hoje temos menos crianças doentes e distantes de óbitos de doenças graves. Faça a sua parte, cuide de quem você ama e procure a Imune Vida.
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